terça-feira, 7 de outubro de 2008

CERTEZAS E INCERTEZAS: A FÉ CEGA

(...)

Ficar cego pelo que pensa e crê é uma atitude ligada à fé cega, aquela sem conhecimentos, sem experiências e sem a calma da convicção pela vivência.
No passado e no presente, agressões e guerras em nome da própria certeza contra a certeza do outro, enfeiam a história da sociedade humana, mostrando o quanto desconhecemos as Leis da Vida, aquelas vindas do Criador.
Os princípios do Espiritismo ensinam que todos estamos numa trajetória evolutiva, na qual, gradativamente, nos tornamos cada vez mais conscientes de como as coisas funcionam dentro e fora de nós. Ora percebemos uma coisa, ora outra, em momentos diferentes para cada um e em graus diversos de profundidade e clareza. E todos desvendaremos as verdades da Vida, pela evolução, ou seja, conforme distendemos os próprios limites de percepção e conscientização, no passar de muito tempo, de muitas reencarnações.
Fé, Crença, Ação
Esse entendimento facilita para sabermos se as lições espíritas estão ou não, nos ajudando a sermos mais compassivos e sábios diante das opiniões adversas ou das contrariedades. Se não estão, é hora de examinarmos se são esses ensinos que estão equivocados ou somos nós que os usamos para nos auto-afirmar ao invés de vivê-los - experimentando, assim, suas conseqüências e descobrindo, portanto, seus aprofundamentos e benefícios.
(...)
Nosso tempo nesta vida também está passando. O que temos feito de nós mesmos, com o conhecimento espírita? Ficamos mais frágeis ou mais fortes? Mais pretensiosos ou mais humanos? Mais naturais ou mais arrogantes e cegos, pela fé vazia de obras e de vivências?
O Espiritismo é uma filosofia de vida que pede uma atitude científica. Ou seja, de experimentar seus ensinos para que causem o efeito de nos abrir os olhos para os detalhes que a vida apresenta no dia a dia, em cada ser, pessoa, situação, a começar por nós mesmos. Olhos de ver, disse Jesus!
Quanto já conseguimos sentir, pensar e agir à maneira espírita de ver a vida? Quanto? O quanto conseguimos entender sem justificar; ajudar sem intrometer; amar sem sofrer; dizer e ensinar sem impor; reconhecer equívocos sem condenar; errar sem adoecer; reagir sem agredir...
Cristina Helena Sarraf -
é professora.
Edita o jornal do Grupo Espírita de
iniciativas Doutrinárias, CEM,
grupo fundado por ela há 20 anos.

( Imagem de autor desconhecido )


Um comentário:

Irmão Sol, Irmã Lua disse...

“Não basta aceitar os princípios renovadores da Doutrina dos Espíritos. É preciso vivê-los. (...) A simples compreensão de uma doutrina, porém, não implica a sua vivência. Além de compreendê-la, temos de senti-la. Somente quando compreendemos e sentimos o Espiritismo, quando o incorporamos à nossa personalidade, quando o assimilamos profundamente em nosso ser, é que podemos vivê-lo. Daí a razão de Allan Kardec ter afirmado a existência de vários tipos de espíritas, concluindo que “o verdadeiro espírita se conhece pela sua transformação moral”. Espiritismo compreendido e vivido transforma moralmente o homem.” (Herculano Pires)

“Sorella”,
Importantíssimo texto para reflexão e auto-avaliação, em especial as palavras finais que com praticidade nos faz sentir e perceber o quanto é preciso ainda superar e vencer, o orgulho e seus múltiplos disfarces, para nossa transformação moral.
Beijo do irmãozinho,
Benja.

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