sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A ÁGUA DA PAZ


Em torno da mediunidade, improvisam-se, ao redor do Chico, acesas discussões.
É, não é. Viu, não viu.
E o médium sofria, por vezes, longas irritações, a fim de explicar sem ser compreendido.
Por isso, à hora da prece, achava-se quase sempre, desanimado e aflito.
Certa feita, o Espírito de Dona Maria João de Deus compareceu e aconselhou-lhe:
- Meu filho, para curar essas inquietações você deve usar a Água da Paz.
O Médium, satisfeito, procurou o medicamento em todas as farmácias de Pedro Leopoldo. Não o encontrou. Recorreu a Belo Horizonte. Nada.
Ao fim de duas semanas, comunicou à progenitora desencarnada o fracasso da busca.
Dona Maria sorriu e informou:
- Não precisa viajar em semelhante procura. Você poderá obter o remédio em casa mesmo. A Água da Paz pode ser a água do pote. Quando alguém lhe trouxer provocações com a palavra, beba um pouco de água pura e conserve-a na boca. Não a lance fora, nem a engula. Enquanto perdurar a tentação de responder, guarde a água da paz, banhando a língua.
O Médium baixou, então, os olhos, desapontado.
Compreendera que a mãezinha lhe chamava o espírito à lição da humildade e do silêncio.


A VISITA DE CASIMIRO

Depois do conselho de D. Maria João de Deus com respeito à Água da Paz, Chico sentiu o braço visitado pela influência de um novo amigo invisível. Tomou o lápis e o visistante escreveu para ele, em caracteres bem traçados, e firmes:

Meu amigo, se desejas
Paz crescente e guerra pouca,
Ajuda sem reclamar
E aprende a calar a boca.


Quem seria o comunicante? Depois de alguns momentos, o amigo espiritual identificou-se, assinando: CASIMIRO CUNHA. Foi este o primeiro contato entre o Médium e o mavioso Poeta vassourense.

Fonte dos textos:

"Lindos Casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama


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