EMMANUEL nos relata , em "50 Anos Depois", romance psicografado pelo nosso querido Chico Xavier, que CÉLIA LUCIUS, após ser dolorosamente expulsa de casa por seu pai, cruza a cidade com um bebezinho ao colo e, nesta ponte, permanece por algumas horas em oração, conforme se pode ver abaixo:
"Saindo da casa paterna, Célia atravessou ruas e praças, receosa de encontrar alguém que a reconhecesse no seu doloroso caminho...
Conchegava o pequenino de encontro ao coração, como se ele fora seu próprio filho, tal o enternecimento que a sua figurinha lhe inspirava.
(...) Atravessara os bairros aristocráticos, encontrava-se agora junto à ponte Fabricius, cheia de cansaço, extenuada.(...)
Ao seu lado passavam filhos da plebe, inquietos e apressados.(...)
Cansada, dirigiu-se a uma casa de judeus, onde uma mulher do povo lhe deu de comer, provendo-a de tudo quanto necessitava o pequenino.
(...) Triste e só, descansou num dos ângulos da ponte Fabricius, ora contemplando os transeuntes, ora fixando as águas do Tibre, com o coração envolto em dolorosas cismas.
Aos poucos, o Sol se escondia lentamente, dourando ao longe as derradeiras nuvens do horizonte.
Um frio cortante começava a soprar em todas as direções. Contemplando os operários pobres que se recolhiam aos lares, a jovem cristã aconchegou mais fortemente ao peito a mísera criancinha. Sentindo-se deslentada, começou a orar e lembrou-se de que Jesus também andara no mundo ao desamparo, experimentando um suave consolo nessa reminiscência evangélica."
( "50 ANOS DEPOIS" - 2ª parte, cap. II )
Um comentário:
Lindo, querida menina!
Lindo “post” e lindas fotos dessa ponte tão bela.
É sempre comovente recordar o drama dessa alma santa.
Beijo de carinho,
Benja.
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