sábado, 28 de março de 2009

A VOCÊ QUE ESTÁ DOENTE

Entre flores e frutos, rádio e música, jornais e revistas, alimentos e remédios, e às vezes, guardando apenas as dificuldades de um catre pobre, você vive as horas que não se esquecem, horas cujo rendimento se conta em dobro.
Da cruz do corpo, deitado no leito, você distingue um trecho do céu, uma porta, um corredor, um móvel, um rosto de alguém, desfrutando férias compulsórias no lado exterior da vida para trabalhar mais firmemente por dentro do espírito.
Não se sinta numa casa de detenção porque esteja na cela da enfermidade, nem veja no médico a presença de um carcereiro. O enfermo possui também seus privilégios e a quebra da rotina é o maior deles.
A doença não é como a fome que surge, não raro, para muitos no mesmo instante, nem a poção curativa assemelha-se à refeição, pois ninguém pode ingeri-la com você. Nestes dias de meditação e análise, silêncio e isolamento íntimo inevitável, você faz um curso de doença, sob a direção da dor. Aproveite-o.
Não se veja ao modo de pessoa no exílio. Entre médicos e enfermeiros, parentes e amigos, estranhos e benfeitores, tem você de inesperado, a distração de uma conversa ou a reflexão de uma notícia.
Não se revolte contra ninguém, não se martirize pensando nos efeitos dos medicamentos, nem dramatize o seu caso, perdendo energia com interpretações pessoais.
Você atravessa bendito programa da alma, quase sempre em consonância com o resgate de compromissos esposados noutras reencarnações, à maneira de quem alija excrescências que lhe desprimoram o ser.
Enfermidade do corpo é tratamento de beleza espiritual. Além disso, por mais forte a sensação de alheamento ou abandono, você não está só.
Se anseia exteriorizar-se, falar Cor do textode si, ore e suas emoções se locomoverão por você. Companheiros invisíveis, afetos desencarnados, acompanham-lhe os passos e iluminam-lhe os pensamentos.
Cultive, acima de tudo, a fé positiva nas leis do bem eterno que atendem ao bem de todos, preservando o bem de cada um de nós, em muitas ocasiões, através dos males aparentes que nos visitam.
À medida que você envolve qualquer parte do corpo na luz da prece, recorde que Deus é Amor e o Amor é a Saúde da Vida, sanando todos os desequilíbrios que nos sobrevenham na viagem do mundo para que estejamos em plenitude de paz.
KELVIN VAN DINE
Do livro "Técnica de Viver"
( Imagem de
autoria desconhecida )

Um comentário:

Rô Castro disse...

Pôde parecer cruel para alguns mais hoje eu sei que muitas das vezes a doença é um processo de purificação da alma,portanto necessária!

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